Após visitas em Cascavel, SINDARSPEN pede resposta do Governo sobre denúncias de assédio moral na PEC

Publicado em 10/02/2020



Nos dias 8, 9 e 10 de fevereiro, o presidente do SINDARSPEN, Ricardo Miranda, e os diretores(as) Vanderleia Leite e Gilberto Rodrigues de Moraes visitaram as unidades penais de Cascavel para conversar com os Policiais Penais sobre as condições de trabalho. 

Os Policiais Penais de Cascavel, assim como em outras localidades, também apontaram a falta de efetivo como o principal problema para se trabalhar, indicando mais uma vez que só há uma saída para a crise penitenciária no Paraná, que é a contratação imediata via concurso de novos profissionais. Além disso, denúncias de assédio moral foram apresentadas pelos trabalhadores das unidades da Penitenciária Estadual de Cascavel.

Assédio Moral

Segundo relatos dos Policiais, a gestão da Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC) vem exigindo que os protocolos de segurança sejam deixados de lado para garantir toda a movimentação de presos. Diante da gravidade apontada pelos profissionais em relação às práticas constantes de assédio moral praticadas pela gestão da PEC, o Sindicato oficiou já na manhã dessa segunda feira, dia 10, o Departamento Penitenciário, a Corregedoria do Departamento Penitenciário, a Ouvidoria do Departamento Penitenciário e a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária. Foi solicitada  a imediata abertura de procedimento administrativo disciplinar para averiguação das denúncias feitas.

Para o Presidente do SINDARSPEN, Ricardo Miranda, “os Policiais Penais já trabalham em um ambiente extremamente estressante, perigoso e insalubre. Só isso já é suficiente para gerar várias doenças nesses trabalhadores. O assédio moral praticado contra esses trabalhadores potencializa ainda mais o adoecimento da categoria. O sindicato vai combater com rigor qualquer prática de assédio moral que obrigue o policial penal a trabalhar contra os protocolos de segurança, que  são necessários para garantir a segurança dos policiais penais, dos presos, do prédio público, bem como da sociedade em geral."

Com as denúncias já realizadas, o sindicato vai acionar seu departamento jurídico para acompanhar o andamento desses protocolos e exigir do Departamento Penitenciário a apuração de todos os fatos.