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Governo não apresenta dados prometidos e FES reafirma que há viabilidade orçamentária para pagamento da data-base


22/05/2019


Nesta terça-feira (21), técnicos de Fórum das Entidades Sindicais (FES) e lideranças sindicais se reuniram mais uma vez com representantes do Governo do Estado para discutir o pagamento da data-base. Foram representados os dados e cenários que possibilitam a reposição salarial de 4,94%, referente às perdas inflacionárias dos últimos 12 meses.

A proposta apresentada pelos representantes dos servidores foi de pagamento imediato da reposição do último ano e de mais 1% em outubro e 1% em novembro, para diminuir o déficit dos anos anteriores.

A Secretaria da Fazenda (SEFA) não apresentou dados se contrapondo aos expostos pelo FES, alegando que só os apresentará na próxima segunda-feira (27), às 14h.

Estudos técnicos apresentados em reuniões anteriores mostram que o índice de gasto com pessoal no Paraná é o menor dos últimos 10 anos. Os documentos também mostram que em 2018 foram arrecadados R$ 2,2 bilhões a mais do que o previsto pela equipe econômica do governo.

Segundo o economista do FES, Cid Cordeiro, havendo o pagamento da inflação dos últimos 12 meses (4,94%), o índice de comprometimento com a folha de pessoal chegaria em 44,27% no mês de dezembro, abaixo dos atuais 44,56% e mais distante ainda do limite prudencial (46,55%) estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

O objetivo é chegar a um acordo que contemple o pagamento das perdas da inflação do último ano e da dívida de períodos anteriores. Sem reposição desde 2016, o prejuízo nos rendimentos do funcionalismo já passa de 17%.

FES prepara mais um dia de luta

Na próxima quarta-feira (29), às 14h, o Governo do Estado apresentará na Assembleia Legislativa as contas no primeiro trimestre do ano. Os sindicatos que integram o FES estão se mobilizando para lotar as galerias da ALEP para, mais uma vez, pressionar os deputados estaduais para não compactuarem com o calote.

Para este ato, o SINDARSPEN está convocando agentes da ativa e aposentados que estão na Região Metropolitana de Curitiba. Caso o governo dê uma resposta negativa aos servidores, serão convocados agentes do interior também para uma mobilização ainda maior e com prazo indeterminado. 

“O governador se elegeu dizendo que não daria novo calote nos servidores públicos e muitos deputados se elegeram também com a promessa de que estariam ao lado dos trabalhadores. Vamos cobrar as promessas!”, sustenta o presidente do SINDARSPEN, Ricardo Miranda.