Acusado de envolvimento no assassinato de Gesiel é condenado a 32 anos de prisão

Agente penitenciário foi morto em 2016, em Londrina. Desde o início, o SINDARSPEN acompanha o processo e o no Tribunal do Júri foi assistente de acusação

Publicado em 17/09/2021



O Tribunal do Júri realizado ontem em Londrina condenou um dos oito acusados pelo assassinato do agente penitenciário Gesiel Palma. O servidor foi morto em uma emboscada em 2016.

Eduardo Sena Gonçalves foi o primeiro dos oito acusados a sentar no banco dos réus. Ele foi condenado a 32 anos de reclusão por homicídio duplamente qualificado. O Júri aceitou a tese da acusação de que Eduardo atuou para impossibilitar a defesa da vítima para matá-la. Contra o acusado também pesou a associação à organização criminosa armada.

Desde a morte, o SINDARSPEN ofereceu todo o suporte jurídico para a família de Gesiel. O advogado da entidade especialista em Direito Penal, Mário Barbosa, acompanha o processo desde o início e, no julgamento, foi assistente do Ministério Público na acusação. “Além da justiça por Gesiel, esse caso também foi um marco porque foi a primeira vez que o Tribunal de Justiça aceitou um sindicato como substituto processual da família da vítima. O Código de Processo Penal não permite que sindicatos atuem como assistente de acusação, mas, nesse caso, por conta do trabalho realizado antes e da periculosidade dos agentes envolvidos, o TJPR permitiu que o SINDARSPEN fosse habilitado como assistente”, esclarece Barbosa.

Gesiel Palma foi morto com um tiro na cabeça. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital. Investigações apontaram que o agente foi vítima de uma emboscada a mando de líderes de uma facção criminosa.

“É importante que a justiça seja feita. Gesiel foi um dos vários policiais penais que já perderam as suas vidas em decorrência da profissão. O SINDARSPEN espera que a condenação venha também para os outros acusados desse crime tão covarde”, declara o presidente do SINDARSPEN, Ricardo Miranda.