O Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) anunciou que fará nos próximos dias a transferência de 140 presos que estão na Cadeia Pública de Guarapuava para as duas penitenciárias da cidade. O problema é que essas duas unidades já operam acima da capacidade máxima e não possuem qualquer estrutura para receber novos detentos.

O Depen pretende transferir 120 presos para a Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), que já está com 381 pessoas, mesmo tendo capacidade para apenas 325. “É impossível colocar mais gente aqui dentro. Isso vai contra qualquer preceito básico de segurança”, reclama um policial penal que procurou o Sindicato, mas prefere não se identificar.

Para a Penitenciária Estadual de Guarapuava – Unidade de Progressão (PEG-UP), o Depen quer transferir 20 detentos, que se somarão aos 215 que já ocupam a capacidade máxima do local. No caso da PEG-UP, além de provocar uma superlotação, a transferência de presos oriundos da Cadeia Pública ainda ameaça a concepção da unidade, que é voltada para detentos com bom comportamento e que já estão a menos de 5 anos para o fim de suas penas.

A alegação do Depen é de que essas transferências são necessárias para impedir fugas na Cadeia Pública da cidade. No entanto, o SINDARSPEN alerta que a transferência tal qual será feita corre o risco de só aumentar as possibilidades de fugas e rebeliões.

O Sindicato já solicitou que o Departamento reveja essas transferências, para evitar que se coloque em risco a vida dos servidores que trabalham na PIG e PEG-UP, além de ameaçar a segurança pública com o risco de motins, rebeliões e fugas. A entidade reforça que é preciso se buscar soluções que melhorem a segurança de todos e não que a fragilize.