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Após em Encontro Estadual, agentes femininas avançam em condições de trabalho na PEPG

Motivadas pelo evento, as servidoras apresentaram pauta de reivindicações à direção da unidade
31/08/2018


As agentes da Penitenciária Estadual de Ponta Grossa estiveram reunidas na manhã desta sexta-feira (31) com o diretor da unidade, Luís Silveira, para apresentar uma pauta de reivindicações para melhorar as condições de trabalho no local. A reunião foi marcada pela direção do SINDARSPEN a pedido das servidoras, como desdobramento do 1º Encontro Estadual das Agentes Penitenciárias do Paraná, realizado pelo Sindicato no último dia 23, em Curitiba.
 
Entre as questões apresentadas por elas, está a implantação de rodízio em postos de trabalho para ampliar o uso de suas capacidades profissionais, maior valorização por parte dos colegas de trabalho, divisão equitativa dos horários de descanso noturno e melhora da estrutura física dos postos ocupados exclusivamente por mulheres.
 
“Estávamos trabalhando sem motivação, nos sentindo desvalorizadas, oprimidas. Nossa capacidade e nossas necessidades estavam invisíveis na unidade. Aquele Encontro serviu pra gente perceber que é preciso lutar pra mudar isso”, relatou a agente Indianara Barbosa, que trabalha há 12 anos na PEPG. Ela adquiriu uma tendinite no ombro direito em decorrência de cumprir a mesma função no Controle Externo desde que entrou no sistema. “Eu trabalho no mesmo lugar sem uma cadeira com ergonomia adequada, sem telefone, sem ar condicionado, sem estrutura alguma. Em plantão de 24 horas, eu fico por 18 horas nessas condições”.
 
 
RESULTADOS
 
O diretor da PEPG, Luís Silveira, disse ter ficado surpreso com as questões levantadas pelas agentes. “A partir do Encontro Estadual das Agentes, percebemos que elas têm uma demanda especial que nós, enquanto gestores, não estávamos percebendo e que temos a obrigação de atender, até porque são questões simples de serem resolvidas, mas que no dia a dia não percebíamos que precisava mudar. São questões que tendem a melhorar o funcionamento da unidade”, destacou.
 
Para o diretor, é preciso dar voz para as trabalhadoras do sistema, já que elas apresentam capacidade de ocupar muitos postos que atualmente são ocupados exclusivamente por homens. “O que elas estão pedindo é para ter mais inserção no funcionamento da unidade. Temos que valorizá-las. Toda a unidade ganha com isso”.
 
Segundo Silveira, algumas providências serão tomadas imediatamente, como a compra de equipamentos adequados para a sala de Controle Externo e a ampliação de possibilidades de postos de trabalho a serem ocupados pelas agentes.
 
“Em 30 dias, faremos uma nova reunião para avaliação do que avançou e ver como podemos avançar ainda mais”, comprometeu-se o diretor.
 
“Nosso encontro já começou a dar frutos porque, além de expor as condições de trabalho das mulheres agentes, o evento empoderou essas trabalhadoras para que saiam da condição de silenciamento nas unidades e lutem por mais valorização”, destacou a dirigente do SINDARSPEN Petruska Sviercoski, que acompanhou a reunião.
Tags: mulheres